Constelação de um complexo I e II

Curators Hélio Menezes, Sylvia Monastérios, Adelaide Pontes • CCSP, São Paulo, Brasil (2021)















A primeira obra surge como resíduo de performance: o corpo inteiro destaca-se , desgrudando como uma carapaça. Um couro esfolado. Essa reminescência poderia ser o suficiente como relato, ao condensar o tempo em si. Contudo, não parecia completo. Era necessário um duplo. 

As constelações surgem como a busca por um "herdeiro" residual. O que sobra de nós? Uma existência caótica, monstruosa e fantasmagória. Mas igualmente preciosa, quando a beleza evoca-se do caos, a humanidade encontra-se em sua monstruosidade, sendo continuamente o conto espetral da contradição.

"Constelação de um complexo I e II"
Roupas próprias e de familiares [resíduos de performance "terra/MÃE", 2020], qipao (China, circa 1960), espuma acrílica, cerâmica com queima de alta temperatura, linha de costura, fibra de vidro, ganchos de metal.
150 x 50 x 40

The first piece emerged as performance residue: the whole body peels away from me, a detached shell. A flayed leather. This reminiscence could be enough as an archive when it condenses time itself. However, it didn't seem complete. A twin was needed.

The constellations emerge as the search for a residual "self". What is left of us? A chaotic, monstrous, ghostly existence. But equally precious, when beauty evokes itself from chaos, humanity lies exactly within monstrosity, continually being the espectral tale of contradiction.

"Constellation of complexities I and II"
Personal and family garments [performance residues of "MOTHER/land", 2020], qipao (China, circa 1960), acrylic foam, high-firing ceramics, sewing thread, fiberglass, metal hooks.
150 x 50 x 40 cm